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O MUSEU – FINAL

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Por Carmen Bridi e Thiago Henrique

Nesta última parte, bem como a última coluna do ano, comunicar-nos-emos através das palavras do discurso do Senhor Valter Polettini, esse, que discursou na inauguração do Museu de Arte de Mogi Mirim (MAMM), no último dia 16. Não se faz mais necessário tecer palavras das quais nós já ilustramos nas colunas anteriores sobre o tema. Se faz necessário reforçar a perfectibilidade da estrutura do museu, o nosso olhar sobre aquele momento único, sua beleza arquitetônica, sua suntuosidade frente ao abrigo de inúmeras obras de artes. Adentrar-se sobre o museu foi voltar no tempo, foi olhar cada obra e tentar interpretar com o coração, quiçá tentar colocar-se no lugar do artista.  De fato, far-se-á ser um pouco pleonástico propositalmente, nas colunas anteriores já mencionamos elogios aos idealizadores do museu, contudo e novamente, deixamos aqui o nosso parabéns e elogios reverberados de positividade e sucesso. Bem-aventurados os que empunham a bandeira da cultura e da arte. Bem-aventurados Valter Polettini e Sidney Cirilo. Deixamos aqui o nosso Feliz Natal e Próspero Ano Novo a todos os mogimirianos. Retornamos em janeiro de 2024. 

Trechos da fala discursiva de Valter Polettini: “Este evento é o meu sonho desde o início dos anos 80 e que se concretiza neste sábado 16 de dezembro de 2023. Durante mais de 40 anos foi bom sonhar, mas ver o sonho tornar-se realidade, posso assegurar que é muito melhor. Durante todos esses anos, meu sonho não foi só meu; muitas pessoas fizeram parte dele – as quais cada uma passa por minha mente neste momento, algumas aqui presentes e outras que já foram morar na eternidade. Primeiro, lembro-me de minha mãe Josefina Quaglio Polettini que desde pequeno me ensinou a gostar da arte através do bordado; depois, minha esposa Altair de Fátima Furigo que juntos, nos anos 80, começamos a colecionar obras de arte das mais variadas formas pensando em uma pinacoteca futura. Não posso esquecer do Luciano Cordeiro, um professor de história – que esteve presente no início das obras de revitalização, mas que partiu para a morada eterna em março deste ano, sem poder presenciar sua conclusão, que também fazia parte do seu sonho”.

Sidnei Cirilo, Eliana Ribeiro (ex-proprietária da casa) e Valter Polettini.

“(…) Em 1980 , passei a colecionar arte, desde miniaturas, pinturas e vários materiais, tendo organizado exposições de presépios, estandartes, gravuras, chapéus, etc. em várias cidades da região. (…) Sempre cientes que a preservação da história é fundamental para o futuro de um povo e das gerações vindouras, eu e o Sidnei Cirilo de Sá, buscamos no Poder Público objetivando o tombamento deste imóvel , como Patrimônio Histórico antes de iniciar sua revitalização. (…) Onze meses se passaram para concretizar nosso museu, se assim podemos chamar, que a partir de hoje é de Mogi Mirim. Nele terá exposições permanentes e temporárias, com obras de arte de nosso acervo e trabalhos artísticos locais e convidados. Ressaltamos que aceitamos obras de artistas mogimirianos ou que aqui residiam como: Prof. Geraldo Alves Pinheiro, Napoleão Portioli, Oscar Pereira da Silva, Maria Helena Pereira da Silva, Felipe Delfino, Cecília Perina Mazon, João Mendes de Almeida Júnior, Guilherme de Almeida, Tóride Sebastião Celegatti, Izuki Okiara, Gustavo Muller, Luiz Antônio Bizigatto, Nena Rampazo e outros, objetivando resgatar a história dos pintores que contribuíram para a história artística de Mogi Mirim. (…) Para o ano vindouro, já estamos com a programação completa para que todos os meses tenhamos uma exposição temporária e todos possam apreciar os trabalhos de artistas da nossa cidade e da região”.

Carmen Bridi, Valter Polettini, Daniela Masotti e Antônia Marchese.


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